Teologia negra: emancipação e resistência

Jesus

A teologia negra é aquela teologia que nasce da necessidade de articular a significação religiosa da presença negra num mundo branco hostil. É o povo negro refletindo sobre a experiência negra sob a orientação do espírito Santo, tentando definir a relevância do Evangelho cristão para a sua vida. É uma situação de espiritualidade, uma energia que toma de pulsão um povo quando ele descobre que o mundo não é o que Deus quer que ele seja – no que se refere à definição da realidade de sua vida – subjugação negra sob a opressão branca. Praticar teologia, da perspectiva da Teologia Negra, é empenhar as próprias faculdades intelectuais e emocionais a favor da sorte dos oprimidos para que eles possam a partir do evangelho se permitirem reconhecer longe da opressão e humilhação.

Segundo as palavras da declaração oficial sobre a Teologia Negra da Conferência Nacional do Clero Negro, de 31 de julho de 1966:

Teologia negra é a teologia da libertação. Ela procurou ir a fundo da condição negra À luz da revelação de Deus em Jesus Cristo, de modo que a comunidade negra possa ver que o Evangelho corresponde à realização da humanidade negra. É a teologia da negritude. A afirmação da humanidade negra que emancipa o povo negro do racismo branco, proporcionando assim autêntica liberdade tanto para os brancos como para os negros. Ela afirma humanidade dos brancos quando diz: não a invasão da opressão branca.

(Teologia negra. Gayraud S. Wilmore. James H. Cone. São Paulo – Paulinas, 1986.)

13 de maio: para que nunca mais esqueçamos de lembrar.

Não, estão errados! Nunca houve abolição, nunca houve complacência e nunca houve

Angela Davis, comunista e aliada aos Panteras Negras que conquistou notoriedade mundial por sua militância feminista e contra a discriminação racial.
Angela Davis, comunista e aliada aos Panteras Negras que conquistou notoriedade mundial por sua militância feminista e contra a discriminação racial.

fraternidade.

A história dos negros, é o relato dos exilados, torturados e empobrecidos da nossa história.

O apartheid ainda pulsa nos quilombos isolados dos nossos latifundios, nas favelas de nossa periferia, em baltimore dos sonhos mortos e na áfrica de sofrimento.

13 de maio, é mais um dia para não esquecermos de lembrar, o que a amnésia obrigatória nos fez(faz) passar batido. Fomos o último país a abolir a escravidão (a pequena Mauritânia não se comparar a nós), não pela benevolência de sua bossal corte brasileira, mas de pressões internacionais irremediáveis. O país que decerto ainda não viveu a experiência de uma justiça equânime à todos os seus Brasis (plurais, entrelaçados e pulsante), e que mesmo com toda a opressão vivida, insistem em (re)inventar a mística do seu povo na resistência, na solidariedade e na sororidade com suas irmãs e seus irmãos.

Abaixo, uma obra prima da luta negra!

https://www.youtube.com/watch?v=RljSb7AyPc0

Para saber mais:
http://juventude.gov.br/juventude/noticias/jovens-negros-sao-mais-vulneraveis-a-violencia-no-brasil-mostra-ivj#.VVLIRvlVikq

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